"Eliminação de cês e pês não pronunciados em palavras como director, acção, protecção, baptismo, adoptar e excepção, as quais passam a escrever-se diretor, ação, proteção, batismo, adotar e exceção."
Li algo semelhante naquele livro pequenino que resume as alterações do acordo. O problema é que só refere que desaparece as que não são pronunciados. Não diz que fazer com as palavras que as pessoas ainda pronunciam. E se pronunciar? Permanecem?
A infopédia lançou ontem o dicionário de definições para português já com o acordo. Diz que concepção passa a conceção. Daqui surge uma nova confusão com concessão. Suponho que todos o s cês e pês desaparecem. As palavras anteriores passam a "deprecated"?
sexta-feira, 6 de junho de 2008
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3 comentários:
Há palavras onde os pês não pronunciados não podem desaparecer...
Eu estudo medicina, e temos, por exemplo, gânglios ópticos e gânglios óticos (dos olhos e dos ouvidos, respectivamente)
E agora? se tirarmos o "p" de ópticos nunca mais podemos falar de olhos.
Que parvoíce este acordo :s
António, eu não sou bem "pró" acordo, mas do meu ponto de vista, o "p" em "óptico" é pronunciado. Bem, pelo menos aqui no norte :)
Abraços
Alberto
«No início estranha-se, mas depois entranha-se».
A questão de fundo é que a ortografia portuguesa sofre de graves incoerências, desde há muito tempo. Porque se deve escrever «baptismo» (na ótica dos dos «puristas», e não se escreve «escriptorio»)?
Na minha opinião, a reforma é necessária (com regras, claro) e proveitosa, trazendo muito vantagem para os estrangeiros que aprendem português. Acho que a defesa do «status quo» ortográfico é mais uma questão «emocional/sentimental», de cada um, do que prática. Comecem a praticar e verão que tudo será mais simples.
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